Transcrevo para aqui a crónica publicada após esta prova na revista "Topos & Clássicos":
III Rali Sprint (Rampa) de Sosousas
Depois da experiência do Motorshow no Porto, a fazer lembrar o Troféu Andros, chegou a oportunidade de representar as cores da “Topos & Clássicos” na Madeira. De chegada à ilha, tratei de ir “trabalhar”. Decorar cada curva ao longo de 4,2 Km faz-nos lembrar do papel importante que têm os navegadores nos ralis. O percurso intercala alguns ganchos com zonas rápidas de cortar a respiração (do tipo “esquerda cega a fundo e acredita que é mesmo a fundo”). O piso, não sendo de pista, também não é mau. Chegada a hora das verificações, foi a altura para avaliar a concorrência. Ao nível de Clássicos os Madeirenses têm um “parque” de babar. Três Porsches 911 com ares de RSR, um Fiat 131 com ar de Abarth, um Toyota Corolla (Levin), um Talbot Lotus com ares de fábrica e Escort´s para todos os gostos. Do Continente tinham ido também o Escort RS 1600 (tipo WRC) de Ant. Nogueira, o Mini (tipo Kitcar) de Pedro Salvador, o saudoso Escort ex-Diabolique pertença de Eduardo Gomes, entre outros.
Sábado de manhã, dia da prova, deu-se o alarme: Chovia copiosamente no local do parque fechado (no final da rampa) e eu sem pneus de chuva. Estava já a olhar para as jantes do “meu” Yaris alugado, mas calçado com uns belos Michelin a “vê-las” já no Escort quando me informam que a rampa estava toda seca e apenas molhada nos últimos 50 m. Impossível. Só podiam estar a gozar comigo. Tinha chovido toda a noite a cântaros, a zona estava alagada do dilúvio e 100 m abaixo estava seco! Obviamente não acreditava, mas tal como S. Tomé fui ver. Montei-me no Yaris e desci a rampa. Incrível. Descobri o que é um micro-clima. Com o evoluir do dia, o final da rampa foi secando e as duas ultimas subidas foram feitas já a seco.
No final, a classificação foi banal com o Porsche 911 GT2 de Ant. Nogueira e os seus cerca de 700CV a cilindrarem a concorrência onde apenas o Escort do mesmo Nogueira (e as suas 12.500 RPM) ousou aproximar-se. Para mim, sobrou o degrau mais baixo no podium dos Históricos de 74 atrás do referido Escort XPTO e de um magnifico sexagenário chamado Alexandre Rebelo, que ao volante de um 911 RSR, mostrou aos de “sangue na guelra” que “velhos são os trapos”.
Por fim, uma palavra de surpresa para as magnificas condições e capacidades da organização, com lugar no podium das organizações automobilísticas nacionais, só vendo para crer.
III Rali Sprint (Rampa) de Sosousas
Depois da experiência do Motorshow no Porto, a fazer lembrar o Troféu Andros, chegou a oportunidade de representar as cores da “Topos & Clássicos” na Madeira. De chegada à ilha, tratei de ir “trabalhar”. Decorar cada curva ao longo de 4,2 Km faz-nos lembrar do papel importante que têm os navegadores nos ralis. O percurso intercala alguns ganchos com zonas rápidas de cortar a respiração (do tipo “esquerda cega a fundo e acredita que é mesmo a fundo”). O piso, não sendo de pista, também não é mau. Chegada a hora das verificações, foi a altura para avaliar a concorrência. Ao nível de Clássicos os Madeirenses têm um “parque” de babar. Três Porsches 911 com ares de RSR, um Fiat 131 com ar de Abarth, um Toyota Corolla (Levin), um Talbot Lotus com ares de fábrica e Escort´s para todos os gostos. Do Continente tinham ido também o Escort RS 1600 (tipo WRC) de Ant. Nogueira, o Mini (tipo Kitcar) de Pedro Salvador, o saudoso Escort ex-Diabolique pertença de Eduardo Gomes, entre outros.
Sábado de manhã, dia da prova, deu-se o alarme: Chovia copiosamente no local do parque fechado (no final da rampa) e eu sem pneus de chuva. Estava já a olhar para as jantes do “meu” Yaris alugado, mas calçado com uns belos Michelin a “vê-las” já no Escort quando me informam que a rampa estava toda seca e apenas molhada nos últimos 50 m. Impossível. Só podiam estar a gozar comigo. Tinha chovido toda a noite a cântaros, a zona estava alagada do dilúvio e 100 m abaixo estava seco! Obviamente não acreditava, mas tal como S. Tomé fui ver. Montei-me no Yaris e desci a rampa. Incrível. Descobri o que é um micro-clima. Com o evoluir do dia, o final da rampa foi secando e as duas ultimas subidas foram feitas já a seco.
No final, a classificação foi banal com o Porsche 911 GT2 de Ant. Nogueira e os seus cerca de 700CV a cilindrarem a concorrência onde apenas o Escort do mesmo Nogueira (e as suas 12.500 RPM) ousou aproximar-se. Para mim, sobrou o degrau mais baixo no podium dos Históricos de 74 atrás do referido Escort XPTO e de um magnifico sexagenário chamado Alexandre Rebelo, que ao volante de um 911 RSR, mostrou aos de “sangue na guelra” que “velhos são os trapos”.
Por fim, uma palavra de surpresa para as magnificas condições e capacidades da organização, com lugar no podium das organizações automobilísticas nacionais, só vendo para crer.
Rui Viana
(Dezembro 2004)